quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Vivemos... / We live

"Vivemos em um país preconceituoso". Estas não são minhas palavras, você pode encontrá-las aqui. Mas eu sou obrigada e concordar e a discorrer sobre o tema. Porque dizer que o país é preconceituoso é como fazer uma declaração vazia. Só isso não basta. E eu vou convencer você - leitor - que todo mundo sofre algum tipo de discriminação neste país (a não ser que você seja rico, branco, homem, alto, forte, bonito e tenha cabelo).
As mulheres sofrem preconceito diariamente. Ou melhor, sofrem desrespeito. E nem sabem disso. Violência sexual é preconceito, é desrespeito e é um absurdo! Ficar ouvindo baixarias na rua ou no ônibus é desrespeito. Ter salário menor que homens para exercer a mesma função é impensável, mas acontece e é preconceito.
Negros sofrem preconceito sempre. Homens e mulheres. Ouvem piadinhas, recebem olhares esquisitos e de rabo de olho...
Gordos... coitados... são ponto de referência, são odiados porque não são magros e ridicularizados porque são alvo fácil. E tem gente que perde a oportunidade de ser promovido ou a vaga no emprego porque é obeso! Não sabia?
Pobres; pobres pobres! Esses são discriminados e tratados como doença. São taxados de criminosos, de preguiçosos, de burros, de incompetentes... enfim, o que vier tá valendo... afinal, são pobres!
Bom, eu me enquadro em vários ítens do preconceito. Sou mulher. Não sou alta (nem baixa) e não sou modelo e nem estou perto disso (também não sou gorda), sou professora, sou gay, não sou rica (estou mais pra pobre, com tantos impostos a pagar!)...
E eu ainda pago impostos... tantos e tantos impostos. E plano de saúde, seguro de carro, carro (não dá pra contar com transporte público), pedágio em estradas... fala sério!
E não tenho nem o direito de me casar (tá, os homofóbicos podem encher a boca pra falar um monte, mas olha só, vocês também não têm vários direitos, quer ver? Continue lendo!), não tenho o direito de atendimento de saúde pública de qualidade, não tenho direito de não ter carro e contar com a eficiência do transporte coletivo, não tenho o direito de ir e vir (sem correr o risco de assaltos), não tenho nem o direito de estudar de graça (o ensino público é uma piada! pior que o particular também não tá lá grande coisa).
Você está satisfeito?
Eu não.
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"We have live in a prejudiced country". These are not my words, you can find them here (in Portuguese). But I am forced to agree and to discuss the theme. Because saying the country is prejudiced is just an empty statement. This is not enough. And I will convince you – reader – that everyone undergoes some sort of prejudice in this country (unless you are rich, white, male, tall, strong, handsome and you have hair).
Women suffer prejudice daily. Or better saying, suffer from disrespect. And don't even know it. Sexual violence is prejudice, disrespect and absurd! Listening to filthy words on the streets or on the bus is disrespectful. Having lower wages than the men is unthinkable but real and it is prejudice.
Black people suffer prejudice, always. Men and women. They listen to jokes and are looked at strangely.
The fat... poor them... they are reference points, they are hated because they are not thin and they are ridiculed because they are the most visible target. And there are people who lose promotions or job opportunities because they are obese! Didn't you know it?
The poor; poor poor! They are prejudiced and treated as a disease. They are labeled as criminals, lazy, dumb, incompetent... whatever comes will do, at last they are poor!
Well, as for myself I fit into various items. I am a woman. I am not tall (nor short) and I am no fashion model nor near that (but I am not fat either), I am a teacher, I am gay, not rich (I am tending to poor because of the many taxes we have to pay!)...
And I pay taxes... so many taxes! And health insurance, car insurance, car (one cannot count on public transport), highway toll... come on!
And I don't even have the right to marry (ok, the homophobes can brag about it, but look closely, you too don't have several rights. Don't believe it? Read on!), I don't have the right to quality medical public service, I don't have the right of not having a car and counting on efficient public transport, I don't have the right of coming and going (without risking being robbed), I don't even have the right of studying for free (public schools are a joke and the private ones are going the same way).
Satisfied?
I am not.

2 comentários:

Tratto Beauty Canadá disse...

Oiii, então não vou participar da palestra pq é somente para pessoas que vão dar entrada no processo, pessoas que já estão no processo não estão habilitadas a participar, infelizmente pq eu queria tirar varias duvidas não do meu processo mas para entender melhor como tudo funciona . O meu processo é de dez/07 e é do processo antigo, então essa palestra tb nao serve para mim.Eu tb queria assistir uma do Quebec.
Qualquer novis vamos nos falando.bjs Menina 1

Ninha disse...

Oi meninas,

Esse assunto é um tanto sério e polêmico. Com certeza existem todos esses preconceitos ao nosso redor, mas eu acho que o pior defeito ou a pior preocupação do homem é se importar e se deixar abater pelo preconceito. Pois essas pessoas pobres, gordas, baixas, etc. precisam primeiramente se aceitar para poder conviver bem com isso e além do mais ser feliz é o que importa. Ou melhor, a arte da vida é saber o que se ignorar.
Eu acho engraçado é que nos países de "primeira" esse tipo de mentalidade é ridícula. Aliás eu acredito que aqui no BRA o TER é bem mais importante do que SER.E as pessoas deveriam parar de se importar com o outro e cuidar mais do próprio rabo.É muito fácil apontar o dedo.
Preconceito é ignorância e típica de sociendade doentia.

Agora, nós aqui em casa não aturamos nenhum tipo de preconceito e nem autopiedade e lutamos contra nossas inseguranças custe o que custar.
Somos homens livres e nossa vida só importa a nós mesmos.

Mas olha, jaja estaremos num lugar melhor e com outra mentalidade.

Pq o que importa é ser feliz e mais naaada !!!!!!!

Bjos em vcs,
Ninha e Do