Sometimes I just want to ramble about everything and nothing at once. Well, I guess this is the definition of rambling anyway! lol
I wish I could really share things, but we end up never doing so, not really. There is always a little part of us that we mean to preserve, to protect. So we leave out where we work, or where we live, or what we are really like and what we really think about things.
I was meaning to write an email to my fellow teachers in Brazil to tell them what I've learnt. I wanted to prepare them in case they would ever live an experience such as the one I am living. But then, would they really want to know? Is it even realistic to think that they will be some day teaching abroad? Would I come across as cocky and condescending?
So I just decided to let it go. I came here instead. I guess there is no place where you are to acknowledge your own victories and not be at the risk of sounding tremendously snobbish and arrogant. Or is there? I really don't know.
I am just so happy to be here, so happy to be able to do what I do even though I often wish to be doing something different, something that demands less from me and pays better.
But I guess it is a beginning and all beginnings are hard. Are they? Adapting to new situations is never easy, of this I'm sure. However, I am pretty much settled in. Food is not an issue, language is not an issue, way of life is not really an issue. Naturally socializing with Canadians or people from any other country apart from Brazil has been virtually impossible. Perhaps as time goes by?
One thing I know; I am where I should be. I should be in Canada, I should be far from Brazil. I should be sitting in this chair, right now, as fall begins, writing these words and having these thoughts. I wish all my friends from old days breakfast and blogs and facebook who are here or about to come to Canada could feel as right as I do.
domingo, 22 de setembro de 2013
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Terry Fox
A Sil tinha comentado comigo semana passada que a professora dela no LINC havia explicado sobre Terry Fox, o cara que ia atravessar o Canadá, de costa a costa, correndo com uma perna mecânica para arrecadar um dólar de cada pessoa a fim de custear a pesquisa sobre o câncer.
Até aí, tinha achado normal. A corrida foi domingo passado, se não me engano, e não prestei muita atenção. Até que procurando material para minha aula de quinta, encontrei, num livro que usava no Brasil, um texto sobre o incrível Terry Fox. Nem consegui terminar de ler sem chorar um pouquinho...
Em 1980 esse adolescente foi diagnosticado com câncer no osso e teve uma perna amputada acima do joelho. Ele era esportista, então logo voltou a praticar esportes e correr com auxílio de uma prótese - que, vale lembrar, eram bem rudimentares na época, se comparadas às atuais. Foi aí que surgiu a idéia de atravessar o país correndo 42 km por dia - uma maratona por dia - para arrecadar fundos para financiar a pesquisa do câncer no país.
No meio do percurso, ao chegar a Toronto, ele precisou desistir do desafio porque o câncer havia atingido os pulmões. Mas a luta por recursos para a pesquisa continuou e muitos canadenses - e até pessoas em outros países - acabaram colaborando. Quando ele morreu, em Junho de 1981, sua 'idéia' havia arrecadado quase 25 milhões de dólares - o equivalente a um dólar por canadense na época.
Desde então, todo setembro, é realizada uma corrida para celebrar a idéia e a luta de Terry Fox, e para continuar arrecadando fundos.
Eu queria ter dado atenção a isso antes. Eu queria ter colaborado. Eu queria ter participado.
Fica para o próximo ano...
Até aí, tinha achado normal. A corrida foi domingo passado, se não me engano, e não prestei muita atenção. Até que procurando material para minha aula de quinta, encontrei, num livro que usava no Brasil, um texto sobre o incrível Terry Fox. Nem consegui terminar de ler sem chorar um pouquinho...
Em 1980 esse adolescente foi diagnosticado com câncer no osso e teve uma perna amputada acima do joelho. Ele era esportista, então logo voltou a praticar esportes e correr com auxílio de uma prótese - que, vale lembrar, eram bem rudimentares na época, se comparadas às atuais. Foi aí que surgiu a idéia de atravessar o país correndo 42 km por dia - uma maratona por dia - para arrecadar fundos para financiar a pesquisa do câncer no país.
No meio do percurso, ao chegar a Toronto, ele precisou desistir do desafio porque o câncer havia atingido os pulmões. Mas a luta por recursos para a pesquisa continuou e muitos canadenses - e até pessoas em outros países - acabaram colaborando. Quando ele morreu, em Junho de 1981, sua 'idéia' havia arrecadado quase 25 milhões de dólares - o equivalente a um dólar por canadense na época.
Desde então, todo setembro, é realizada uma corrida para celebrar a idéia e a luta de Terry Fox, e para continuar arrecadando fundos.
Eu queria ter dado atenção a isso antes. Eu queria ter colaborado. Eu queria ter participado.
Fica para o próximo ano...
domingo, 8 de setembro de 2013
O que aprendemos em quase 6 meses
Ai, gente, dá até vergonha de escrever... tantos meses ausentes e este blog já tem até teia de aranha!!! (rs)
Acho que não tem muito como ser diferente, mesmo. Infelizmente não é sempre que dá para parar e pensar sobre toda a experiência que estamos vivendo. Porque escrever no blog é isso, né? É dar um passo para o lado e tentar observar de fora o que nos aconteceu até o momento, é analisar, pensar, comentar e depreender alguma coisa, um ensinamento, uma conclusão, uma luz no fim do túnel!
Aliás, pode até soar um pouco arrogante, mas faz tanto tempo que não escrevo textos mais longos que atualizações no Face em português que a minha vontade de misturar as duas línguas aqui é quase mais forte do que eu... Mas o caso é que escrevo em inglês o dia todo para o trabalho e nunca tenho a oportunidade de colocar no "papel" meus pensamentos em português... Então, se alguma coisa soar estranha, sorry... =(
Estamos quase completando 6 meses de Canadá. Não parece tanto, não parece tão pouco. Não sei mensurar o nosso tempo aqui - estamos construindo uma vida aqui, montando casa, rotina, vida, crenças - 6 meses é muito pouco, mas 6 meses é muito tempo também.
Nesses 6 meses o que aprendemos foi:
1. Os canadenses nem sempre são tão bem educados, assim... rs... mas não chegam a ser rudes, apenas objetivos demais para nosso coraçãozinho latino... rs
2. Nem todos os imigrantes (de qualquer país que possa imaginar - tinha país que eu nem sabia que existia até chegar aqui no Canadá!!!) estão a fim de se adaptar, de aprender a língua, de se integrar e de respeitar as regras e o 'Canadian way of life'.
3. A princípio achamos que tudo no Canadá é muito barato; meses depois achamos que tudo é muito caro. Aliás, chocadas com o preço do mercado outro dia, resolvemos fazer uma comparação básica com o Brasil. Entramos no site de uma rede de supermercados brasileira e checamos os preços das coisas que havíamos comprado - ou similares, claro - e o que percebemos é que no Brasil o nosso gasto teria sido 300% maior! Mesmo para os viciados em conversão, no Brasil ainda é mais caro. A gente não converte, meu salário é em dólar e meu valor hora-aula é muito próximo ao do Brasil - até um pouco menor, mind you, mas ainda assim, meu poder aquisitivo é muito maior aqui, sem comparação.
4. É muito difícil criar um círculo social não-brasileiro. Talvez porque nos fechemos, talvez porque tenhamos medo, porque talvez não tenhamos tantas oportunidades de socialização - não sei - por enquanto, para nós, ainda não foi possível criar laços com nenhum "gringo"... o que é irônico, afinal, os "gringos" somos nós! rs
5. Não conhecemos nada da cultura canadense. Entendemos os feriados a medida que vão acontecendo, pesquisamos mais da história do país a medida que temos dúvidas... Mas saber que horas o canadense janta, como o sistema de ensino funciona, qual a multa para "jay-walking", para desrespeitar o farol ou a sinalização - mesmo de bike... essas coisas, a gente não sabe... Porque, infelizmente, mesmo sendo parte do "povo canadense", parte do que esse país é, não fazemos realmente parte, ainda. Não crescemos aqui, não estamos aqui nem tempo o suficiente para sabermos o que é declarar impostos! rs Mas estamos aprendendo... quem sabe daqui outros 6 meses?
6. Não sinto falta da comida brasileira (exceto pão de queijo e churrasco - dos quais, o único que ainda não podemos fazer aqui é o churrasco, mas picanha já achamos... rs...). Acho que podemos cozinhar qualquer coisa que quisermos aqui, e sabemos onde encontrar essa qualquer coisa também, então, falta, falta, não sentimos. Aliás, achamos que só comer comida brasileira, com os produtos brasileiros, do jeito brasileiro o tempo todo pode atrapalhar na adaptação. Todo mundo sai do país em busca de algo melhor, mas não existe nada perfeito e as pessoas aqui podem ser bem estranhas, as coisas podem ser mais difíceis do que se esperava, o inverno pode ser mais longo do que o previsto e, de repente, o que se tinha no Brasil não parece nem um pouco ruim ou indesejável - aí, meus amigos, aí lascou (como dizem uns amigos aqui... rs). E ficar vivendo o sabor da comida, os costumes do Brasil, só aumenta a saudade e dificulta a adaptação. Essa é a MINHA opinião. Todos tem direito à sua. Claro que acho bom comer uma comidinha brasileira, mas não vou deixar de comer os produtos canadenses, de experimentar a vida do jeito que eles vivem, sei lá, quem sabe a gente até gosta mais, né?
7. Estar trabalhando é tão difícil quanto não estar trabalhando. Eu achava que seria fácil a gente se adaptar se uma de nós estivesse trabalhando. Mas não é fácil se adaptar no trabalho, ainda mais no meu... Tenho que falar inglês MUITO CORRETAMENTE e conhecer vocabulário de uma forma insana - que eu nunca tive a necessidade no Brasil, ou na minha vida toda, for that matter - e responder dúvidas culturais de alunos o tempo todo. Tenho que provar que sou tão capaz quanto um professor nativo (que não tem dificuldades com pronúncia ou vocabulário - gramática a gente que vem de fora tende a entender melhor... rs), que os alunos podem confiar no que estou dizendo... Mas TUDO é muito DIFERENTE. Não tem sala de professores, não tem aquela camaradagem brasileira, aquela mania de fazer piadinha com tudo para deixar o ambiente mais leve, de não se levar tão a sério sem deixar de ser extremamente profissional e competente. Confesso que tem sido aterrorizante... mas tenho resistido bravamente e a cada dia fica um pouco menos complicado. Fácil ainda não é... e não sei se algum dia será...
8. A faxina, do jeito brasileiro, tem de morrer. Os produtos aqui requerem outro tipo de approach. Quando entendemos isso, passamos a achar mais prático limpar a casa aqui e com a certeza de que fizemos um bom trabalho. No Brasil a gente usa muito pano úmido, joga água em tudo o que é lugar e adora ver uma espuminha surgir. No Canadá nada disso acontece. Não se pode jogar água em nada e passar o pano, do jeito que fazíamos em casa, não é nada prático. Passa-se o pano com produto já nele, não se mistura água, o aspirador de pó é ultra-necessário (ainda mais aqui que tem obra no prédio do outro lado da rua e no nosso prédio também!). Existe o produto certo para cada coisa e aprender o que é bom para que e como se usa requer um pouco de tempo e perseverança! rs
9. O sensor de fumaça sempre dispara quando se está na cozinha. Qualquer fumacinha e o bendito dispara. Daí dá-lhe correr para debaixo dele com um pedaço de cartolina para abanar e fazer o apito parar! rs... Para evitar o mico e o susto, quando estamos cozinhando, colocamos uma touca de banho (sim, essas de plástico) no sensor/alarme para não termos de sair correndo pra abanar o bendito! =) É uma boa dica.
10. O Canadá não é perfeito. Mas queremos muito continuar a viver aqui. Pode não ser perfeito, mas é seguro, é justo, é lindo (rs). Não nos sentimos desrespeitadas pelo governo, pela justiça, pela polícia. Não sentimos como se os órgãos públicos fossem uma piada de mau gosto! Andar pelas ruas sem o medo de ser assaltada em cada esquina é tão maravilhoso que não consigo imaginar a vida de outra forma! Fazer pic-nic no parque num domingo de sol é uma das coisas simples que a gente quase não tem a oportunidade de fazer no Brasil - tem o Ibirapuera, claro, que é ótimo, mas tem que enfrentar trânsito, achar lugar pra parar, pagar flanelinha ou zona azul, se preocupar se vão roubar seu carro, se preocupar se vão levar suas coisas durante o pic-nic...
Sei lá... Temos tanta coisa a aprender ainda! Quem sabe daqui 6 meses minha visão seja completamente diferente e eu contradiga tudo o que disse até agora?! Se me perguntassem sobre essas coisas há 6 meses, tenho certeza de que minha visão seria bem diferente!
Talvez eu esteja vendo o Brasil como o vilão da história, talvez eu esteja sendo injusta com meu país natal, mas sei que não estou pronta para voltar lá e comparar... rs Como dizem, ainda estou na lua de mel com o Canadá. Tomara que esse feeling dure por muitos e muitos e muitos anos! =) Mas se amar um país for como amar uma pessoa, tenho certeza de que temos a fórmula para uma duradoura relação, nós e o Canadá! =)
Acho que não tem muito como ser diferente, mesmo. Infelizmente não é sempre que dá para parar e pensar sobre toda a experiência que estamos vivendo. Porque escrever no blog é isso, né? É dar um passo para o lado e tentar observar de fora o que nos aconteceu até o momento, é analisar, pensar, comentar e depreender alguma coisa, um ensinamento, uma conclusão, uma luz no fim do túnel!
Aliás, pode até soar um pouco arrogante, mas faz tanto tempo que não escrevo textos mais longos que atualizações no Face em português que a minha vontade de misturar as duas línguas aqui é quase mais forte do que eu... Mas o caso é que escrevo em inglês o dia todo para o trabalho e nunca tenho a oportunidade de colocar no "papel" meus pensamentos em português... Então, se alguma coisa soar estranha, sorry... =(
Estamos quase completando 6 meses de Canadá. Não parece tanto, não parece tão pouco. Não sei mensurar o nosso tempo aqui - estamos construindo uma vida aqui, montando casa, rotina, vida, crenças - 6 meses é muito pouco, mas 6 meses é muito tempo também.
Nesses 6 meses o que aprendemos foi:
1. Os canadenses nem sempre são tão bem educados, assim... rs... mas não chegam a ser rudes, apenas objetivos demais para nosso coraçãozinho latino... rs
2. Nem todos os imigrantes (de qualquer país que possa imaginar - tinha país que eu nem sabia que existia até chegar aqui no Canadá!!!) estão a fim de se adaptar, de aprender a língua, de se integrar e de respeitar as regras e o 'Canadian way of life'.
3. A princípio achamos que tudo no Canadá é muito barato; meses depois achamos que tudo é muito caro. Aliás, chocadas com o preço do mercado outro dia, resolvemos fazer uma comparação básica com o Brasil. Entramos no site de uma rede de supermercados brasileira e checamos os preços das coisas que havíamos comprado - ou similares, claro - e o que percebemos é que no Brasil o nosso gasto teria sido 300% maior! Mesmo para os viciados em conversão, no Brasil ainda é mais caro. A gente não converte, meu salário é em dólar e meu valor hora-aula é muito próximo ao do Brasil - até um pouco menor, mind you, mas ainda assim, meu poder aquisitivo é muito maior aqui, sem comparação.
4. É muito difícil criar um círculo social não-brasileiro. Talvez porque nos fechemos, talvez porque tenhamos medo, porque talvez não tenhamos tantas oportunidades de socialização - não sei - por enquanto, para nós, ainda não foi possível criar laços com nenhum "gringo"... o que é irônico, afinal, os "gringos" somos nós! rs
5. Não conhecemos nada da cultura canadense. Entendemos os feriados a medida que vão acontecendo, pesquisamos mais da história do país a medida que temos dúvidas... Mas saber que horas o canadense janta, como o sistema de ensino funciona, qual a multa para "jay-walking", para desrespeitar o farol ou a sinalização - mesmo de bike... essas coisas, a gente não sabe... Porque, infelizmente, mesmo sendo parte do "povo canadense", parte do que esse país é, não fazemos realmente parte, ainda. Não crescemos aqui, não estamos aqui nem tempo o suficiente para sabermos o que é declarar impostos! rs Mas estamos aprendendo... quem sabe daqui outros 6 meses?
6. Não sinto falta da comida brasileira (exceto pão de queijo e churrasco - dos quais, o único que ainda não podemos fazer aqui é o churrasco, mas picanha já achamos... rs...). Acho que podemos cozinhar qualquer coisa que quisermos aqui, e sabemos onde encontrar essa qualquer coisa também, então, falta, falta, não sentimos. Aliás, achamos que só comer comida brasileira, com os produtos brasileiros, do jeito brasileiro o tempo todo pode atrapalhar na adaptação. Todo mundo sai do país em busca de algo melhor, mas não existe nada perfeito e as pessoas aqui podem ser bem estranhas, as coisas podem ser mais difíceis do que se esperava, o inverno pode ser mais longo do que o previsto e, de repente, o que se tinha no Brasil não parece nem um pouco ruim ou indesejável - aí, meus amigos, aí lascou (como dizem uns amigos aqui... rs). E ficar vivendo o sabor da comida, os costumes do Brasil, só aumenta a saudade e dificulta a adaptação. Essa é a MINHA opinião. Todos tem direito à sua. Claro que acho bom comer uma comidinha brasileira, mas não vou deixar de comer os produtos canadenses, de experimentar a vida do jeito que eles vivem, sei lá, quem sabe a gente até gosta mais, né?
7. Estar trabalhando é tão difícil quanto não estar trabalhando. Eu achava que seria fácil a gente se adaptar se uma de nós estivesse trabalhando. Mas não é fácil se adaptar no trabalho, ainda mais no meu... Tenho que falar inglês MUITO CORRETAMENTE e conhecer vocabulário de uma forma insana - que eu nunca tive a necessidade no Brasil, ou na minha vida toda, for that matter - e responder dúvidas culturais de alunos o tempo todo. Tenho que provar que sou tão capaz quanto um professor nativo (que não tem dificuldades com pronúncia ou vocabulário - gramática a gente que vem de fora tende a entender melhor... rs), que os alunos podem confiar no que estou dizendo... Mas TUDO é muito DIFERENTE. Não tem sala de professores, não tem aquela camaradagem brasileira, aquela mania de fazer piadinha com tudo para deixar o ambiente mais leve, de não se levar tão a sério sem deixar de ser extremamente profissional e competente. Confesso que tem sido aterrorizante... mas tenho resistido bravamente e a cada dia fica um pouco menos complicado. Fácil ainda não é... e não sei se algum dia será...
8. A faxina, do jeito brasileiro, tem de morrer. Os produtos aqui requerem outro tipo de approach. Quando entendemos isso, passamos a achar mais prático limpar a casa aqui e com a certeza de que fizemos um bom trabalho. No Brasil a gente usa muito pano úmido, joga água em tudo o que é lugar e adora ver uma espuminha surgir. No Canadá nada disso acontece. Não se pode jogar água em nada e passar o pano, do jeito que fazíamos em casa, não é nada prático. Passa-se o pano com produto já nele, não se mistura água, o aspirador de pó é ultra-necessário (ainda mais aqui que tem obra no prédio do outro lado da rua e no nosso prédio também!). Existe o produto certo para cada coisa e aprender o que é bom para que e como se usa requer um pouco de tempo e perseverança! rs
9. O sensor de fumaça sempre dispara quando se está na cozinha. Qualquer fumacinha e o bendito dispara. Daí dá-lhe correr para debaixo dele com um pedaço de cartolina para abanar e fazer o apito parar! rs... Para evitar o mico e o susto, quando estamos cozinhando, colocamos uma touca de banho (sim, essas de plástico) no sensor/alarme para não termos de sair correndo pra abanar o bendito! =) É uma boa dica.
10. O Canadá não é perfeito. Mas queremos muito continuar a viver aqui. Pode não ser perfeito, mas é seguro, é justo, é lindo (rs). Não nos sentimos desrespeitadas pelo governo, pela justiça, pela polícia. Não sentimos como se os órgãos públicos fossem uma piada de mau gosto! Andar pelas ruas sem o medo de ser assaltada em cada esquina é tão maravilhoso que não consigo imaginar a vida de outra forma! Fazer pic-nic no parque num domingo de sol é uma das coisas simples que a gente quase não tem a oportunidade de fazer no Brasil - tem o Ibirapuera, claro, que é ótimo, mas tem que enfrentar trânsito, achar lugar pra parar, pagar flanelinha ou zona azul, se preocupar se vão roubar seu carro, se preocupar se vão levar suas coisas durante o pic-nic...
Sei lá... Temos tanta coisa a aprender ainda! Quem sabe daqui 6 meses minha visão seja completamente diferente e eu contradiga tudo o que disse até agora?! Se me perguntassem sobre essas coisas há 6 meses, tenho certeza de que minha visão seria bem diferente!
Talvez eu esteja vendo o Brasil como o vilão da história, talvez eu esteja sendo injusta com meu país natal, mas sei que não estou pronta para voltar lá e comparar... rs Como dizem, ainda estou na lua de mel com o Canadá. Tomara que esse feeling dure por muitos e muitos e muitos anos! =) Mas se amar um país for como amar uma pessoa, tenho certeza de que temos a fórmula para uma duradoura relação, nós e o Canadá! =)
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